Açude Faé, em Quixelô, volta a liberar água após 8 anos de estiagem

Açude Faé, em Quixelô, volta a liberar água após 8 anos de estiagem

Comunidades ribeirinhas serão beneficiadas e usarão água do açude para demandas prioritária

Desde o ano de 2012 sem reunir condições para liberação de água, o Açude Faé, no município de Quixelô, finalmente reativou sua operação e vai atender as demandas das comunidades ribeirinhas do entorno do açude. O início da liberação de água ocorreu na última quarta-feira (16) e atendeu a decisão do Comitê da Sub-Bacia Hidrográfica do Alto Jaguaribe e da Comisão Gestora do reservatório.

O volume de chuvas deste ano foi essencial para a recuperação parcial do Faé, que chegou a registrar, em meados de abril, volume de 70% em relação a capacidade total de armazenamento. Simulações de esvaziamento e demais dados de monitoramento do reservatório foram apresentados pela Cogerh ao Comitê da Sub-Bacia do Alto Jaguaribe, durante processo de tomada de decisão da operação no reservatório.

Diante da demanda, os membros do Comitê da Sub-Bacia Hidrográfica do Alto Jaguaribe decidiram pela liberação da vazão média de 190 L/s, que deve ocorrerer em forma de descarga e beneficiar os ribeirinhos em um percurso de 13 km. As comunidades do entorno do açude agora poderão usar as águas do Faé para reforçar o abastecimento local, abastecer sistema de poços e auxiliar nas atividades produtivas.

“A liberação ocorrerá para perenização de um trecho de 13km e vai atender os ribeirinhos, que há muito tempo não tinham acesso à agua do manancial, devido ao período de seca. Ao final da perenização, a liberação será interrompida”, explicou Anatarino sobre os detalhes da operação. O Comitê de Bacia e Comissão Gestora aprovaram a liberação.

Antes do reforço do açude, as comunidades eram abastecidas exclisivamente por poços profundos. “Foram anos de manobra e muito esforço para garantir água em muitas regiões do Estado. Exemplo disto foi a realização de um dos maiores programas de perfuração de poços já executados no Estado do Ceará durante os últimos 6 anos”, lembra João Lúcio Farias, presidente da Cogerh, sobre as dificuldades enfrentadas nos últimos anos com a estiagem prolongada.

Foto e Informações: Ascom Cogerh

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